quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

uma leitura pra lá de instigante...

Quando a gente está de férias, nada melhor do que um passeio à procura de alguma coisa que distraia o espírito, pois se ficar parado, a ociosidade toma conta, e aí já viu, a gente acaba fazendo tolices. Então, resolvi passear pelas livrarias – pra quem ainda não foi, é um bom lugar pra alegrar o espírito. Já pensou, sair vadiando por aí, entre uma história e outra, conhecendo novas pessoas, novas culturas, novos lugares, novos costumes e tradições. Uma delícia, não é¿ Pois, então! Entrei em várias livrarias em um único dia. E acredite, em todas elas, logo na frente, várias mesas forradas de livros. Em todas, romances de autores de outras línguas. Logo, pensei – será que não temos bons escritores em nossa terra¿ Será que não temos boas histórias pra contar¿ Bons personagens a criar¿ Logo me dei conta de um livro que já havia algum tempo que eu estava louco pra ler – era o livro do jornalista Edney Silvrestre, vencedor do Prêmio Jabuti, bem como do Prêmio São Paulo de literatura para estreantes, o romance “Se eu fechar os olhos agora”. Bom se eu abrisse os olhos em todas as livrarias por onde andei, não encontraria tal exemplar logo de cara, mesmo sendo um livro aclamado pela crítica e vencedor dos melhores prêmios literários instituídos no Brasil. Até mesmo dizendo o nome do autor, ou o nome de tal romance, mesmo sendo premiadíssimo como fora, fica difícil para os atendentes das livrarias me atenderem sem consultar o computador. Mas sabe por quê¿ Geralmente os atendentes de livrarias são robóticos, não gostam de ler, não são iniciados à leitura, mesmo trabalhando numa casa onde a especialidade é a leitura. Quando encontro o exemplar do dito cujo, onde será que ele está¿ Lá nas camadas inferiores, longe do público, como num asilo, enquanto lá na frente, estampado pra todos logo de cara, o que eu encontro¿ Um monte de histórias vampirescas e romances melosos do outro lado do mundo. E o nosso mundo¿ Bom, comprei o livro de Edney Silvestre, lendo-o apenas em uma tarde de chuva ao cheiro dos flamboyants. Sendo o primeiro romance deste jornalista, que também apresenta o programa Espaço Aberto Literatura na Globo News, nada mal, ganhando prêmios e sendo bem aceito pela crítica especializada. É uma narrativa instigante, como uma locomotiva pulsante doida pra chegar ao seu destino, cuja história se passa no Brasil da década de sessenta do século passado, numa pequena cidade fluminense, envolvendo dois garotos que descobrem no matagal o corpo de uma mulher todo mutilado, dando início a partir daí, a um eletrizante processo investigatório, que conta com a ajuda de um velho que vive no asilo, a descobrir quem fora o assassino, sem o consentimento da polícia e da política. Durante toda a narrativa, o leitor pode perceber através do narrador, um pouco da história brasileira, fazendo uma viagem desde o século dezenove, passando pela ditadura Vargas, até o início da década de sessenta, descobrindo assim, um pouco da nossa sociedade, quem somos nós, numa era onde ainda começava a florescer o ensino público brasileiro. Esta é a dica desta semana. Tenham todos os leitores uma boa viagem ao mundo mágico das letras com Edney Silvestre.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

que pena!!!

Ninguém leva muito a sério a educação em Rondon do Pará. Que pena! Até a lei que garantia as eleições livres e diretas para gestores escolares nas escolas municipais foi jogada na lata de lixo. Que pena! Isso tudo com aprovação irrestrita do sindicato dos professores. Num piscar de olhos. Na calada da noite. E olhe que nem era lua cheia justamente pra não deixar vestígios da maledicência. Que pena! Aproveitaram o recesso escolar, e repartiram o peru de natal entre uma dúzia de convidados, bem que poderia ser mais, quem sabe centenas... fulana, vc pra norte; beltrana, vc vai pro sul; sicrana, vc vai... pra onde vc quer ir mesmo! Que pena! Como num passo de mágico ou conto de fadas, todos os cargos disponíveis foram distribuídos ao Léo. Sem nenhum consentimento da comunidade escolar. Aliás, pra que serve mesmo a tal comunidade escolar¿ Cara, não faço a mínima idéia... Nem eu! Que pena! Tudo isso com aprovação daqueles que estavam na linha de frente do sindicato. Com raras exceções, é claro. Teve gente que não fez parte desta balbúrdia, gente que tem princípios, é claro! Que pena! E no futuro, quando estiver na hora de fazer o projeto político pedagógico, o que vc vai dizer aos caros colegas¿ Deixa pra lá, a gente empurra com a barriga. Com a barriga, com a cabeça, com os pés, menos com a razão – a razão de fazer o que é direito: eleições livres e diretas para diretores escolares, com a participação democrática de toda comunidade escolar. Que pena! Poderia ser escolhido não pelo fato de quantas vezes o sujeito esteve a balançar as bandeirolas em tempos de comício, mas sim, pelo projeto que cada um tem a oferecer à comunidade escolar. Eu teria vergonha, e não aceitaria de hipótese alguma um cargo de diretor escolar numa comunidade que eu nem sabia que até então existia. Mas, que pena! “Que pena, amor!” e assim padece a humanidade. Em pleno raiar do século vinte e um. Atrofiada às amarras da década de 70. Agora, como se vai colocar na cabeça do adolescente que temos que lutar pelo Estado Democrático de Direito. Aí, meu amigo, vc responde. Parece até uma antítese, um paradoxo, sei lá... só sei que “não me chamaram pra esta festa pobre”. Poderia até sugerir uns bons conselhos – quem sabe, seguir o que determina a lei: eleições diretas para gestores escolares. E ponto final. Quem for merecedor perante à comunidade escolar, que use a caneta por demorados e acalorados dois anos. Quem não for, volte a pegar no giz. Afinal, todos nós quando entramos pela porta da educação, entramos com esta finalidade. Simples, não!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ainda dá tempo de corrigir o erro.

Nada contra quem está entrando, muito menos lágrimas a rolar a quem esteja saindo. Nada pessoal; apenas institucional. O que procuro compreender é como em pleno século vinte e um, vivendo numa democracia, ainda temos que conviver com eternas ressurreições ditatoriais, como se estivéssemos na década de 70. O que eu procuro entender é porque não preservar o Estado Democrático de Direito. Ainda mais quando as aberrações ditatoriais são assinadas na última linha por um sindicato que deveria está atento aos desmandos antidemocráticos, porém, a cúpula deste mesmo sindicato toma conta das rédeas, sorteando as cadeiras superiores a cada um que dela faz parte, com raríssimas exceções.
Há 10 anos, este mesmo sindicato intensificou uma briga ferrenha com o poder público municipal, na última década com a família do PMDB – foram longos anos marcados por greves e revoluções, em troca de míseros percentuais de aumento de salário que engabelavam a categoria fazendo a mesma retornar pra sala de aula com sorriso aberto no rosto enquanto não chegava à próxima etapa, à próxima greve, fazendo deste processo contínuo, a bela máxima: perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra. Entre as reivindicações, estava ele, como sempre, o aumento do salário, e por vezes, o regime de eleições diretas aos diretores escolares. Em meio a tantas batalhas, a conquista de uma lei que acomodava e garantia a escola por livre arbítrio da comunidade educadora referentes aos seus gestores por um período de 2 anos. Até chegar a este ponto, foram inúmeras as paralisações, tendo uma delas, a maior de todas, a tomada da secretaria municipal de educação pelos gritos e pela força, pela fome e pela sede, sendo estendida no mastro maior por 3 dias, a bandeira da vitória – a bandeira da democracia. Aí, eu faço agora uma pergunta aos meus botões – por que retirar e enrolar a bandeira da democracia e evocar aos quatro ventos o pano da ditadura¿ Como eu disse no início, não é nada pessoal; é institucional. Seria mais compreensível que o sindicato providenciasse e acompanhasse o processo que garante a lei municipal a este respeito – eleições livres e diretas para os gestores das escolas municipais. Porém, no apagar das luzes, na calada da noite, joga a tão sonhada lei no primeiro bueiro da esquina e atropela o curso da história ao longo destes últimos dez anos. O que não faz o poder¿ Todos lutam contra quem está no poder, mas ao mesmo tempo, os mesmo que lutam, querem somente o poder. Engraçado, não! Mas este é o curso da História. E assim será por longos anos.
Aí, eu lhe pergunto, meu caro leitor – e agora, José¿ a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou... e agora, José¿ talvez seja essa também a mesma indagação que o sindicato fará daqui alguns anos, quando o mesmo pleitear algo que conquistou tão arduamente no passado, entretanto, deixando escorrer pelos dedos no presente, vendo a banda passar de marcha ré.
Não quero ser pessimista, no entanto, acredito ser incerto o futuro das raízes sindicais em solo rondonense pelas atitudes tomadas entre quatro paredes, na véspera do último natal, num conjunto que não passa de 12 pessoas, enquanto há centenas de educadores por aí. Creio não ser assim, de forma ditatorial e às espreitas, que podemos pensar no futuro da educação. Creio não ser assim, que podemos entrar num estabelecimento de ensino a provocar no jovem de hoje a visão crítica do amanhã. Creio não ser assim, que podemos como educadores que somos, bater no peito e dizer em alto e bom som: sim, nós podemos! Talvez, tenhamos que dizer: sim, nós perdemos!
Prof. Robson Luiz Veiga
Mestrando em Literatura PUC GO

quarta-feira, 16 de junho de 2010

vem aí! XIV feira panamazônica do livro

o maior evento cultural do norte do país está prestes a começar: estamos falando da XIV Feira Panamazônica do Livro, sediada em belém do pará no fim do mês do agosto.
mais uma vez a escola estadual de ensino médio dr dionísio bentes de carvalho estará presente nesta festa, levando 24 alunos, todos do 3º ano matutino, aqueles que se destacaram em matéria de leitura não-obrigatória, através do projeto educacional "uma viagem ao mundo mágico das letras", que tem por finalidade incentivar a leitura.

domingo, 23 de maio de 2010

dividir ou somar, eis a questão!

o tema utilizado na oficina de leitura e produção - texto de opinião - está relacionado com o projeto de lei federal sobre a divisão do estado do pará. para isso, estamos utilizando textos a favor e contra a divisão do estado, bem como entrevistas em sala de aula com pessoas renomadas do município de rondon do pará em relação à mesma temática, tudo para dar subsídios necessários para que os estudantes da escola municipal de ensino fundamental dom pedro I possam organizar os seus argumentos em relação ao ponto de vista que os mesmos irão adotar ao fazer o texto. além disso, estamos criando uma jornal escolar com objetivo de usar as produções textuais dos próprios alunos, tanto relativo à crônica, memórias e texto de opinião.

domingo, 9 de maio de 2010

quarta é dia de oficina de texto

nesta quarta, às 10 horas, devido a greve dos professores, haverá a segunda etapa da oficina de texto na biblioteca da escola estadual de ensino médio dr dionísio bentes de carvalho, na categoria texto de opinião,ok!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Atenção, leitores!

Um texto de opinião que se preze é determinado por 5 parágrafos:

  • primeiro parágrafo:
apresente o problema que será abordado - o tema, a questão abordada - ao iniciar a leitura, o leitor terá contato direto com o assunto que será desenvolvido nos próximos parágrafos;

  • segundo parágrafo:
apresente que efeitos danosos a falta de resolução do problema está causando - os pontos negativos;

  • terceiro parágrafo:
mostre as vantagens que a resolução do problema trará com relação ao seu ponto de vista - os pontos positivos:

  • quarto parágrafo:
explique o que, na sua opinião, vem impedindo a resolução do problema, contra-argumentando:

  • quinto parágrafo:
proponha uma solução possível e realista para o problema com base no que foi explanado nos parágrafos anteriores, não se esquecendo de retornar ao ponto de vista proposto no primeiro parágrafo.
obs: temática da primeira redação - a climatização das salas de aula nas escolas públicas do estado do Pará.
obs: os argumentos que serão expostos nos parágrafos 2 e 3, deverão ser baseados dados estatísticos, comparações com fatos semelhantes e exemplificações.
Ao deleite, meus pupilos!